terça-feira, 10 de abril de 2012
Senhor Capitão
Navegando por mares distantes, pego minha luneta e procuro por alguma terra. Olho para todos os lados, e só vejo água, meu navio está a deriva. A tripulação já começa a demonstrar preocupação, mas como capitão do navio, tento fingir que tudo está sob controle, para que não desperte um desespero coletivo. É um tanto estranho guiar o navio, e ter a responsabilidade de dar o rumo certo, para desembarcar toda a tripulação em um porto seguro.
Sem ter a mínima idéia do que fazer, muitas vezes jogo a âncora para parar um pouco e pensar. Fujo para a sala de máquinas, fico isolado de tudo. Escuto alguns tripulantes conversando alegremente, e tento me concentrar no barulho das ondas. Mesmo que eu quisesse pedir socorro, os rádios de comunicação, nessa imensidão do oceano, não funcionam.
Dias e dias vão passando, encarando nevoeiros e tempestades, o navio vai seguindo sem destino exato, pela bússola de seu capitão: A intuição. Buscando o caminho, avisto de longe, navios piratas, que felizmente não conseguiram alcançar a minha embarcação. Toda a tripulação deposita sua confiança no capitão, acreditando que o líder sempre sabe o que está fazendo, seguro, firme. Entretanto, muitas vezes o capitão se desespera, sem deixar que isso transpareça. Diversas vezes sabe-se que há um furo no casco, e a água está invadindo tudo, porém o capitão tenta contornar a situação, sem preocupar a sua tripulação.
Agora sim, lá está. É tão bom ver terra firme, e enfim, posso atracar o navio. Depois de uma longa viagem, abandono o barco, sendo o último desembarcar. Todos os tripulantes estão bem, sãos e salvos! Sempre que chegamos ao destino traçado, devemos agradecer por ter conseguido cumprir a missão e pela sorte de ter realizado a viagem.
É hora de descansar, até chegar a hora de guiar o navio, para uma nova viagem...
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