terça-feira, 22 de maio de 2012
Ai, que frio!
Nessa época do ano, começa a fazer muito frio na cidade em que moro. É um lugar maravilhoso, porém, quando o inverno se aproxima, as temperaturas despencam, chegando a beirar ou atingir o zero. Não sei se já contei pra vocês, mas as vezes eu tenho o costume e a mania de reclamar das situações. E logo me veio à cabeça: "Ai, que frio!" (a parte dos palavrões, a gente corta hahahaha)
Sei que, numa dessas madrugadas, tive que ir até a rodoviária, local que considero o ponto mais frio da cidade, e não pude deixar de perceber um rapaz com um cobertor comum, tentando se esconder do frio. Deitado no chão gelado, ele tentava cobrir até mesmo o rosto. Mas caramba, fazia muito frio naquela madrugada, e ainda batia um vento, que parecia que ia atravessar o corpo e cortar. Ouvi um senhor que se encontrava por ali, dizer que o frio sequer tinha começado.
Depois disso, fui pra casa, estava tão quentinho dentro dela. Por mais que eu tenha que me agasalhar bem, posso ficar tranquilo, dormir coberto, numa cama quente. Entretanto, não pude deixar de esquecer que tem gente lá fora, passando sufoco, congelando nessas madrugadas frias. E fico mal com isso, pois ter uma casa, cobertores, agasalhos, comida, deveria ser um direito básico de todos que habitam esse mundo. A verdade é que não é isso que acontece, e existem pessoas lá fora, sofrendo, e o pior, sofrendo quietas e sem fazer alarde.
Por isso eu percebi que estamos mais preocupados em reclamar, do que de valorizar, o que pra nós, parece normal. Se temos um abrigo, devemos valorizar isso, agradecer por tudo! Tem gente lá fora sofrendo, e são pais de alguém, filhos de alguém, irmãos de alguém...na verdade, nossos irmãos. Deus que nos livre disso, mas amanhã ou depois, pode ser que um de nós é que esteja lá fora.
Desejo força e muita sorte para os nossos irmãos que estão lá fora. Não importa se muitos bebem, se drogam, ou "mereceram" estar naquela situação pelos caminhos errados pelos quais optaram ao longo da vida. O importante é fazer o máximo possível para ajudar o próximo, e no mínimo, rezar para que eles não sofram nas madrugadas frias, lá fora.
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